sábado, 10 de novembro de 2007

Chanson bumerange

Conheci-a à porta da Flag, local frequentado por fufas, transexuais, pedófilos, masoquistas e chefes de familia(Pais, Tios, Filhos, Enteados).Ela tinha pernas longas, chamavam-lhe a livinha, alcunha do seu marido Olivio o canhoto, julgado,culpado, e executado numa especie de raiva urbana(luta da vida), era simpática, de corpo esqueletico, cavernosa, com uma brancura assassinada pelo pó ou algo furjado pelo medo e corvadia humana, adiante, debrucei-me e perguntei-lhe com minha arrogancia !!!
Queres vir ??!!
e sem acrescentar uma faisca de pudor de qualquer especie e com um olhar pêndulo, seguiu-me até à pensão Cis..., (não quero fazer públicidade).
Não nos olhamos, nem nos falamos durante os metros que nos separavam da prisão.
Não tssenho tabaco, disse-me ela. (carregando ligeiramente nos sss)
Gostava de fumar um ultimo csssigarro, fingi não ouvir e abri a porta 365 de um quarto patinhado de mãos, cabelos, cheiros, desejos, medo,covardia, m verdadeiro santuário de escravidão humana.
Calados colocamos nossos pertences em cima de uma cadeira (simbólica), por ser de D.Isabel, uma prostituta de Chelas que agora era casada com um conceituado homem de Alta Finança.
No atrio do lamento e da solidão estava projectado uma fantasia de esperança que por intantes "as" fazia viajar livres.
Despediu-se do seu imginário e perguntou-me apetece-te, tocar-me, .....

(continua)

E.V.

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